segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Entrevista

Foto: Camila Portela
Anderson Vieira é ator, diretor e coordenador do Grupo Claricena. Nascido em Garanhuns/PE, estudou Teatro na UFAL e atualmente, reside em São Paulo.
 
FESTAL: Há quanto tempo o grupo?
ANDERSON:
4 anos, aproximadamente.
 
F: Como é que vocês definem o grupo? O que é conceitualmente, artisticamente?
A:
Nos definimos como um coletivo de  investigadores que compartilham dos  mesmos anseios, buscando através do teatro dar voz,  movimento e ressignificado aos corpos enfadados da vida cotidiana e das convenções sociais.
 
 

F: E como é que é o processo criativo de vocês?
A:
Buscamos, no início do grupo, inspirações em textos de Clarice Lispector. Neste momento, nos colocamos em um outro rumo, questionando o que seria a inspiração perante os nossos atos artísticos. Cada obra nossa traz como movimento central: o mergulho na inspiração de determinados temas e em seguida, a construção da materialidade desses mergulhos. Por último, esclarecemos nossa materialidade com diálogos e investigações mais racionais, mas estas vias da razão sempre estão em último plano.
 
F: Fala para gente sobre seu espetáculo.
A:
O Espetáculo traz trabalhadores que se revelam nas suas mais secretas funções, em meio a um emaranhado de discursos sobre o instrumento de trabalho deles, algo começa a não funcionar bem e a produção da Granja começa a afetar o estado de presença de cada um dos trabalhadores os colocando em um outro mundo (epifania).  Mesmo assim, persistem no rigor do trabalho e não param de produzir. Afetados por surpresas amorosas e discussões sobre a real existência e função do ovo e da
galinha todos se tornam Agentes Secretos. Chamados por códigos, passam a transmitir a real função da Granja que agora se torna Dos Corações Amargurados após a compreensão do sublime sentido do trabalho naquela indústria, cujo qual não pode ser revelado, caso contrário os mesmos serão cosmicamente mortos. Descubra o real sentido dos Agentes Secretos disfarçados e distribuídos pelas funções mais reveladoras na Granja dos Corações Amargurados.
 
F: Para você, qual a importância do FESTAL na cena alagoana?
A:
Ele é fundamental para a articulação e movimentação da classe artística. É um primeiro passo para a formação do público alagoano.
 
F: Qual a expectativa acerca de sua participação no FESTAL 2017?
A:
Realizar uma grande troca de experiência com todos os grupos e público. Bem como se firmar mais e abrir espaços para as apresentações artísticas na cidade e até mesmo no estado.

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