quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Convite

O cineasta René Guerra te convida para a 3ª edição do #Festal.


Convite

O ator Igor Araújo te convida para a 3ª edição do #Festal.

De hoje a sábado, o #FESTAL2017 tem programação:

25/10 - Espetáculo Vals-AR, da T&W Dança de Salão.
             Teatro SESC Jofre Soares (Centro)

26/10 - Espetáculo Alice!?, da Cia do Chapéu
             Rex Jazz Bar (Jaraguá)

27/10 - Espetáculo Incelença, do Coletivo Volante
             Espaço Cultural da Ufal (Pça Sinimbu)

*Todos os espetáculos começam às 19h e tem entrada franca.

28/10 - Festa de encerramento
            Rex Jazz Bar (Jaraguá) - 21h
            Ingressos: R$10 meia / R$20 inteira






Participe da festa das Artes Cênicas de Alagoas!

Crítica

Crítica sobre o espetáculo TARJA PRETA - Cia do Chapéu (Maceió/AL)

Por Bruno Alves*


Foto: Nyrium


Estamos em uma sala escura.
O tic tac do relógio anuncia que vai começar uma jornada em uma madrugada dentro de um corpo insone, corpo do nosso tempo, nosso corpo ali talvez, presentificado em Joelle Malta. Corpo que se repete e se desloca no "silêncio" e no escuro.
Relógio parado. Tempo parado. Tempo que parece nunca passar. Minutos que duram uma eternidade no corpo de quem sente.
A Cia do Chapéu, que celebra em 2017 seus quinze anos de atuação, retorna com o espetáculo "Tarja Preta" estreado em 2014. Nele, somos convidados a testemunhar, a se fazer presente dentro da temática da depressão em nossa sociedade.
Nenhuma palavra se fez necessário verbalizar para que a ação dramatúrgica se fizesse forte e impactante. É a imagem, a luz, a sombra, a respiração, a repetição dos movimentos que nos contam como é viver dentro desse corpo.
A dramaturgia do espetáculo é construída a partir dessas imagens potentes, como um filme que se desenha em nossa frente. É a ação. A ação no escuro. A ação sendo mostrada através da luz. O relógio que parece não fazer passar o tempo, a comida que não consegue ser engolida e o corpo fastioso, o corpo que se rasga para aplacar a dor.
Joelle ali naquele espaço em que desenha sua ação entre a luz e o escuro nos transporta para dentro dessa história e nos deixa ver como testemunhas bem próximas.
Uma luz é construída a cada ação, e eis que essa luz sempre me chamou atenção desde a estreia em 2014, por criar imagens fortes. Uma luz cada vez mais precisa sendo manipulada de uma forma que não sabemos quem está por trás, se é um(a) técnico(a), ou se somos nós. O poder da luz vai ganhando cada vez mais força quando percebemos que agora é aquele corpo que a manipula, que dança com ela no espaço. Uma dança que nos deixa aflito, que desenha no espaço angústias e inquietações.
Joelle constrói esse corpo potente, que comunica, que faz uma anatomia do assunto, desenhando de forma honesta e sem melindres. Mostrando de forma forte, como é na vida real. Ela está entregue. O mínimo dentro do espetáculo é muito para nos fazer entender a dimensão do assunto.
Joelle Malta se coloca diante da situação. Transita entre memórias e criar um universo coletivo que nos faz estar ali em cena.
Resta o silêncio ao final. O silêncio e o tic tac do relógio dentro de nós.

Foto: Nivaldo Vasconcelos


Ficha técnica:
Direção: Donda Albuquerque e Thiago Sampaio
Elenco: Joelle Malta
Plano de luz: Donda Albuquerque
Execução do plano de luz: Lais Lira
Execução de cenografia: o grupo
Plano de Indumentária: o grupo
Sonoplastia: André Cavalcanti
Arte Gráfica: Alex Walker


*Bruno Alves é ator e dramaturgo/tecedor do Coletivo Volante de Teatro.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Convite

O #FESTAL2017 entra em sua reta final, mas ainda dá tempo de participar da festa das Artes Cênicas de Alagoas.

O cantor Igbonan Rocha te convida para a 3ª edição do nosso festival. Prestigie!


Programação - Grupo de Trabalho

Dia 09/10, tivemos o nosso segundo grupo de trabalho.
 
GT - A produção da crítica em Artes Cênicas: um espaço a se criar em Alagoas, mediado por Elizandra Lucca (Cia Reka de Teatro) e Bruno Alves (Coletivo Volante). Local: Musicoteca do SESC Centro.

Registro fotográfico de André Cavalcanti na nossa FanPage.

Foto: André Cavalcanti

Espetáculos nas escolas

Foto: Alexandra Souza

No dia 06 de outubro, a Escola Estadual Geraldo Melo dos Santos, no Conjunto Graciliano Ramos, recebeu com muito carinho o espetáculo teatral Bem Me Quer da Associação Teatral Joana Gajuru.
Confira o registro fotográfico completo de Alexandra Souza na nossa FanPage.

Participe da festa das Artes Cênicas de Alagoas!
#FESTAL2017

Espetáculos nas escolas

Foto: Nyrium
No dia 05 de outubro, a Escola Estadual Profª Ana Coelho Palmeira, em Jacarecica, recebeu com muito carinho o espetáculo circense Uma Tarde de Risos e Mágica com Jesús Rojo.
 
Confira o registro fotográfico completo de Nyrium na nossa FanPage.

Participe da festa das Artes Cênicas de Alagoas!
#FESTAL2017

Entrevista

Arnaldo Ferju é ator, contador de história, palhaço, recreador, iluminador, figurinista e cenotécnico. Com formação pela Universidade Federal de Alagoas, Arnaldo Ferju é o Cravo, Contador de História.

FESTAL: Há quanto tempo existe o grupo?
ARNALDO: O grupo Cravo, Contador de Histórias tem dez anos de atuação nas artes cênicas de Alagoas, com trabalhos apresentados em escolas, livrarias, ongs, teatros e espaços diversos.

F: Como é que vocês definem o grupo? O que é conceitualmen-te, artisticamente?
A: O trabalho do Cravo, contador de história, é voltado para a infância e juventude. O grupo busca sempre desenvolver a contação a partir de história que vão desde os clássicos ao popular. Mas também é criada a contação a partir de temas que são sugeridos. No Trem de Histórias, por exemplo, temos uma proposta de afirmação e consolidação da oralidade popular.

F: E como é que é o processo criativo de vocês?
A: Sempre é realizado a partir de histórias que queremos levar à cena. Em Um Trem de Histórias, queríamos trazer as quatros estações do ano para o espetáculo. Primavera, verão, outono e inverno fazem a ligação com as quatro histórias que são encenadas. E, durante o processo, surgiu a ideia de usar o teatro de fantoche, que também é uma característica permanente no nosso trabalho.

F: Fala para gente sobre seu espetáculo.
A: Cravo, contador de histórias, se inspira nas imagens das quatro estações do ano associando-as a estações de paradas de um trem imaginário; onde transitam quatro histórias do repertório da oralidade popular. A utilização de bonecos será uma recorrência às narrativas. A trilha sonora é composta de tradicionais músicas de domínio público, com improvisações que conduzem todas as narrativas.

F: Para você qual a importância do FESTAL na cena alagoana?
A: O Festal traz a possibilidade dos artistas e grupos locais mostrarem seu trabalho. É um evento de consolidação das artes cênicas de Alagoas. E o mais importante: é uma iniciativa dos grupos e dos artistas, sem depender dos gestores públicos. O Festal mostra como é fundamental a união da classe artística.

F: Qual a expectativa acerca de sua participação no FESTAL 2017?
A: A melhor possível. Apresentar e mostrar nosso trabalho para crianças que estudam em escolas públicas, tão carentes de eventos culturais e do teatro. Creio que muitos desses estudantes nunca foram ao teatro ou assistiram a um espetáculo. Minha gratidão a essa oportunidade que o Festal está dando a todos os grupos e artistas alagoanos. Somos gratos. Parabéns a todos que fazem o Festival de Teatro de Alagoas.

Encerramento do #FESTAL2017



Bora?

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Programação nos espaços cênicos

Sétimo espetáculo
Sexta, 27 de outubro




Sinopse:
"Mães fazem morada na ausência dos filhos mortos pela violência. O descotidiano é revivido em uma incelença que ecoa em seus corpos. Um grito de socorro escorre pelas  paredes." 

Ficha técnica:
Direção: Gessyca Geyza
Texto:  Bruno Alves
Elenco:  Bruno Alves,  Nathaly  Pereira,  Nivaldo Vasconcelos,  Rayane Wise, Thiago Amorim e
Wanderlândia  Melo.
Designer Gráfico e  Fotografia: Nivaldo Vasconcelos
Iluminação e  Figurino: Uma construção coletiva

Duração:
50 minutos

Sobre o Coletivo:
O Coletivo Volante foi oficialmente fundado em janeiro de 2014 pelo ator Bruno Alves durante o processo de montagem do seu primeiro trabalho em diálogo com estudantes de música da Universidade Federal de Alagoas.
Em agosto de 2015, em parceria com a Escola Técnica de Artes – ETA/UFAL e a direção do professor Toni Edson, foram aprovados no Programa de Iniciação Artística da Universidade Federal de Alagoas com o qual em seis meses realizaram oficinas de contação de histórias na Aldeia Wassul-Cocal na cidade de Joaquim Gomes – AL. Das o_cinas resultou a roda de contação de histórias ameríndias “Cocar de Histórias” que se apresentou em espaços alternativos de Maceió e do interior do estado. Tem em seu currículo os espetáculos Volante e Incelença, além da Websérie Texto Ex Machina, parceria com o Estúdio Atroá.

Serviço:
Incelença se apresenta sexta-feira, 27 de outubro, no Espaço Cultural da UFAL (Praça Sinimbu), às 19h.
Entrada gratuita

IMPORTANTE:
O espetáculo contará com acessibilidadeLIBRAS.
Classificação etária: LIVRE
**As senhas serão entregues com uma hora de antecedência.

Programação em espaços cênicos

Sexto espetáculo
Quinta, 26 de outubro




Sinopse:
O espetáculo “Alice!? é a mais recente montagem da Cia do Chapéu. A peça é uma adaptação da obra do autor inglês Lewis Carroll e trata da aventura da jovem Alice por um país completamente diferente e estranho para ela. O grupo encontrou nesse texto uma ótima oportunidade para refletir sobre a questão da identidade na contemporaneidade, onde as fronteiras que definem os indivíduos apresentam-se em constante mobilidade, pondo em jogo todo e qualquer noção de clareza sobre nós mesmos e, ainda, sobre os outros. Nesse sentido, a presente montagem também é uma maneira do próprio grupo se repensar enquanto coletivo de artistas e comemorar seus 15 anos ininterruptos de atuação através da releitura de uma das suas primeiras e mais importantes montagens.

Ficha técnica:
Direção: Thiago Sampaio
Elenco: Donda Albuquerque, Joelle Malta, Lais Lira, Larissa Lisboa e Magnun Ângelo
Música: André Cavalcanti

Duração:
1 hora

Sobre a Cia:
A Cia. do Chapéu foi formada em 2002 e se define na sua multiplicidade de interesses, mas com maior ênfase no fazer teatral. A Cia. já realizou obras em outras linguagens e pretende continuar investigando as artes e seu papel político, estético e social. Promove em seu processo criativo, através da pesquisa estética, cênica, corporal, simbólica, textual e política, o teatro de grupo e em seus processos as concepções das obras são arquitetadas de forma democrática, com a participação integral dos membros do grupo. Cada escolha é tomada mediante discussão e investigação coletiva. As funções de direção, atuação, iluminação, sonoplastia, dramaturgia, produção entre outras, existem de acordo com as especialidades e interesses, porém não existe uma hierarquia nas escolhas. Assim, o processo criativo da Cia. do Chapéu é feito através da proposição coletiva e a pesquisa e prática artísticas. Tem em seu currículo espetáculos como: Apesar de Você, Alice!?, Uma Noite em Tabariz, Graças, Mal, Tarja Preta e Alice?!.

Serviço:
Alice?! se apresenta nesta quinta-feira, 26 de outubro, no Rex Jazz Bar (no Jaraguá), às 19h.
Entrada Franca

IMPORTANTE:
Classificação etária: LIVRE

**As senhas serão entregues com uma hora de antecedência.

Programação em espaços cênicos

Quinto espetáculo
Quarta, 25 de outubro


Sinopse:
Vals-AR é um espetáculo de Dança baseado no elemento Ar e em várias de suas características: a importância para a vida, o toque do vento que sentimos, a leveza e a suavidade e suas implicações quando ele falta. A ideia é abordar o Ar nas suas mais diversas situações: a falta dele (com qualidade) na poluição; sua pureza (que ainda existe em lugares); a falta dele ao fazermos certas atividades; a temperatura que pode variar bruscamente, o que é muitas vezes sentido por causa do ar; a sua necessidade e interferência na criação dos sons; sua volatilidade e ao mesmo tempo consistência, sua  presença em todos os lugares que cotidianamente transitamos. Quando falamos de Ar, lembramos que ele compõe os ventos, que podem apenas nos mostrar uma leve brisa, ou um furacão que causa desastres.  Para a composição coreográfica foram utilizadas diversas técnicas:  Dança Contemporânea,  Danças de Salão, Teatro e  Danças Clássicas. Estas técnicas fazem parte das vivências dos 6 (seis) bailarinos. Ao dançar pensou-se em movimentos que trazem leveza e suavidade, mas ao mesmo tempo vigor e segurança.  Como proposta permanente de valorização da arte local, utilizamos Valsas de cantores e compositores alagoanos e também versos de poetas alagoanos, pois a palavra falada não existe sem o ar.  É disso que trata o espetáculo, a penetrabilidade do ar em nós, sendo colocado bailarinos em cena que trarão algumas das muitas possibilidades de “ver”, sentir e trazer para o público a necessidade de também enxergar esse ar a nossa volta e de que  
tanto precisamos.

Ficha técnica:
Direção e Coreografia: Wallisson  Melquisedec  
Bailarinos:  Integrantes da Cia T&W  Dança de Salão  
Músicas:  Beleza delicadeza de Gustavo Gomes e Vera  Rocha, na voz de Wilma Araújo; Valsinha de  Esquinas de  Mácleim e  Ricardo  Duna, na voz de  Irina Costa e  Mácleim; O cravo, folclore brasileiro  
Poesias:  Poema 26 do livro Abraços, e poemas 21,  15,  10 e 24 do livro A rede do Anjo, de  Arriete Vilela.  Poema  Estágio de voo num ritual de mar e pedra (segundo estágio), de  Otávio Cabral. 

Duração:
55 minutos

Sobre o grupo:
A T&W  Dança de Salão é um espaço voltado para o ensino das  Danças de Salão e criação artística em  Dança e  Teatro. Os professores e bailarinos Ticiani e Wallisson são os únicos em Alagoas que possuem pro ciência em todos os gêneros de dança de salão, com mais de  13 anos de experiência na dança e no teatro.  Em 2013 fundaram a T&W  Dança de Salão, com o  objetivo de fomentar a cultura da  Dança de Salão no estado de Alagoas, trazendo  conhecimento para todos sobre essa arte.  Idealizadores do primeiro espetáculo de  Dança  de Salão do estado de Alagoas e da série de intervenções “Ando, logo  Danço”, que  poetizam e humanizam espaços públicos de  Maceió. Trabalham a  Dança de Salão em  todas as suas possibilidades: lazer, entretenimento e arte.  Promovem bailinhos, práticas,  bailes, intervenções urbanas, mostras, espetáculos.  Promovem mensalmente o Tango na  Rua, ação gratuita realizada na praia de  Ponta Verde voltada para a divulgação do Tango  em  Maceió, e mensalmente o Jazz na  Rua, ação gratuita voltada para a divulgação das Swing  Dances.

Serviço:
Vals-AR se apresenta quarta-feira, 25 de outubro, no Teatro SESC Jofre Soares, às 19h.
Entrada gratuita

IMPORTANTE:
O espetáculo contará com acessibilidadeÁudio-descrição.
Classificação etária: LIVRE
**As senhas serão entregues com uma hora de antecedência.



ATENÇÃO!!!


A organização do #FESTAL2017 informa que, por motivo de saúde, a apresentação do espetáculo "Dança Anfíbia", que seria realizada nesta segunda-feira 23/10 às 19h, foi cancelada! Em breve divulgaremos nova data!

domingo, 22 de outubro de 2017

Crítica


Crítica sobre o espetáculo REMENDÓ - Cia. Flor do Sertão (Penedo/AL)

por Elizandra Lucca*


Fotografia de Xanda Souza


Como imitar uma onça, alguém sabe? Pergunta um dos atores para a plateia.

E Manoel pulou da cadeira e ficou com o braço erguido por um longo tempo, até ser percebido. Eis que surge o melhor imitador das artes cênicas já visto, entrou pra encenação com a alegria  e verdade que se espera do Teatro Infantil.

“Fui eu que ensinei pra ele!” disse o menino Manoel que via em cena o ator rosnar igual ao tigre tal qual ele tinha ensinado.

 A contação de história está presente na vida de uma criança assim que se sabe que ela começa a ser gerada, e ela vai escutando histórias antes  mesmo de vir ao mundo, antes de respirar sozinha, mas os adultos param de contar, de uma hora para outra. É como se a imaginação, a invenção, o faz de conta acabasse, mas ele não se acaba nunca. 

Remendó, remendar, juntar e costurar histórias nos trouxe como abertura do FESTAL, um espetáculo dinâmico e simples. Em se tratando das histórias contadas são assertivas, elas passeiam por um imaginário sempre presente no consciente lúdico de todos os nós, os bichos, os animais e as plantas imitamos e os reconhecemos logo ao despertar das primeiras palavras, pela imitação. Em se tratando da imagem que o espetáculo nos traz é bem pontual cumprindo seu papel, é como uma grande brincadeira de criança que, independente de ter uma unidade de cor, com qualquer chapéu, saia ou óculos ela pode se transformar em um leão, um rato ou mudar de cor com apenas uma saia. Todos ficam cativados pelas histórias costuradas. 

Fotografia de Xanda Souza

A contação de história tem a potência de abrir caminho para leituras, juntando ela à imaginação daqueles que possuem o espirito de representar imagens aliado a criticidade e a sintonia. É um lugar de encantamento.

 O trabalho dos atores da Cia. Flor do Sertão é honesto e sincero, há de se dizer que as crianças e não só elas que estavam ali presentes se encantaram com as histórias que lhe foram mais que contadas,  vivenciadas. 

 Nunca parar de contar, de inventar e de recontar histórias, manter-se lúdico. O teatro infantil tem essa missão, manter-se inocente e verdadeiro como são as crianças.  Que essas  flores que vieram do sertão até a capital, afim de remendar histórias perante o público continuem,  pois é renovando  e encantando crianças através do teatro, que manteremos ele vivo em novas cenas.


Ficha técnica Remendó:
Anderson França (Ator);
Anny Santos (Vocal);
Claude Michel (Músico);
Emmanuel Silva (Ator);
Jéssica Oliveira (Atriz);
Jorge Luís Júnior (Ator);
Lelly Barbosa (Atriz);
Nanny Silva (Atriz).



*Elizandra Lucca tem formação acadêmica e técnica no curso de artes cênicas, vasta experiência em ministrar aulas. Como artista é atuante nas áreas de interpretação, encenação, dramaturgia e crítica. Hoje como artista faz parte do Núcleo Presente e REKA. (Maceió/AL)


Para conhecer a Revista #Textão acesse:

Revista #Textão nº1:
http://online.fliphtml5.com/eojs/cdhr/

Revista #Textão nº 2:
http://online.fliphtml5.com/eojs/dift/

Revista #Textão nº 3:
http://online.fliphtml5.com/eojs/ujgx/

Divulga FESTAL!

Hoje pela manhã, Wallisson Melquisedec esteve na Rádio Gazeta divulgando a 3ª edição do FESTAL.




Nosso festival está lindo e queremos que você faça parte dessa festa!
#FESTAL2017
Faça parte da festa das Artes Cênicas de Alagoas!

sábado, 21 de outubro de 2017

Divulga FESTAL!

Hoje à tarde, Wallisson Melquisedec esteve no Programa Gazeta Comunidade, da Rádio Gazeta, apresentado por Fernando Palmeira, divulgando a 3ªdição do FESTAL.



O apresentador Fernando Palmeira com Wallisson Melquisedec


Nosso festival está lindo e queremos que você faça parte dessa festa!
#FESTAL2017
Faça parte da festa das Artes Cênicas de Alagoas!

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Entrevista

Louryne Simões - Graduada em Letras-Português pela Universidade Federal de Alagoas; Professora do ensino fundamental e médio do Estado de Alagoas. Concluiu o Curso de Arte Dramática (ETA-UFAL). É atriz e diretora do Teatro da Poesia. Atuou em peças como “O Pinóquio” e “Sala de ensaio” da ETA.  No cinema, participou dos curtas alagoanos “Atirou para Matar” e “Copidesque”. No momento atua no espetáculo “A Memória da Flor” e prepara um novo espetáculo “Valsa Azul”, ambos pelo Teatro da Poesia.

FESTAL: Há quanto tempo existe o grupo?
LOURYNE: O Teatro da Poesia tem 2 anos. Sua fundação se deu em 2015, sendo que o primeiro ano da Cia foi todo dedicado à pesquisa e troca com outros grupos, como Coletivo Alfenim, Clowns de Shakespeare, Coletivo Volante, entre muitos outros. Apenas em 2016 estreamos nossa primeira peça, A memória da Flor. Essa estreia aconteceu justamente na segunda edição do Festal.
 
F: Como é que vocês definem o grupo? O que é conceitualmente, artisticamente?
L: O Teatro da Poesia investiga o que vem a ser o Teatro Poético. Esse é o mote da nossa pesquisa: Quais as linhas entre a poesia e o teatro? Como a poesia se transfigura no meio teatral? O que é uma dramaturgia poética? Uma iluminação poética? Uma encenação poética? São perguntas como essas que conduzem nossa pesquisa e trabalho.
 
F: E como é que é o processo criativo de vocês?
L: Geralmente, partimos de uma investigação criativa a partir de jogos de improviso e de percepção da poética cotidiana. Além disso, gostamos muito de relacionar o estudo teatral a outras artes, pois acreditamos que essa interação entre as linguagens artísticas só tende a somar ao processo, então procuramos referência musicais, cinematográficas, de artes visuais que possam contribuir com o processo que estamos desenvolvendo.  

F: Fala para gente sobre sua oficina.
L: A oficina: "Jogos teatrais para educadores: tecendo conhecimentos" foi nossa primeira experiência com este público-alvo e foi um aprendizado enorme pra gente. A oficina terminou ontem e foi extremamente gratificante perceber, de modo prático, como o teatro tem uma grande capacidade de contribuição social quando dão a ele a oportunidade de contribuir. Fomos maravilhosamente recebidos na Escola Municipal Padre Brandão Lima e sentimos que plantamos lá uma semente. Esperamos que essa semente cresça e dê bons frutos à escola e à educação do nosso estado.

F: Para você qual a importância do FESTAL na cena alagoana?
L: Lembro que quando finalmente comecei meus estudos nas artes cênicas, eu lia sobre grandes festivais em outros lugares do país e me perguntava: "Por que nós não temos isso? Por que nós também não temos esse espaço?". Assim, quando foi feita a convocatória no ano passado, eu não pude não responder a ela. O Festal tem uma importância enorme na história das Artes Cênicas Alagoanas porque é o NOSSO ESPAÇO. É nosso e fomos nós que construímos. E é um espaço que também une, que levanta discussões, que nos faz pensar o nosso fazer artístico, a nossa classe. É nosso papel cuidar e manter esse espaço.

Programação em espaços cênicos

Quarto espetáculo
Terça-feira, 24 de outubro





Sinopse:

Inspirado nos discursos no congresso internacional de Bruxaria e Literatura que a escritora Clarice Lispector participou e em seus discursos sobre a existência do ovo e da galinha, a Granja dos Corações Amargurados traz uma epifania de trabalhadores da Granja São Geraldo. Doze agentes que vivem secretamente e que são incumbidos de guardar o que não pode ser dito. Trata-se do seguinte segredo: Quem nasceu primeiro, o Ovo ou a galinha? Cada agente tem sua história para contar, cada agente tem seu segredo pessoal, o que não importa naquela granja, pois as relações amorosas são extremamente proibidas, o que transforma uma instituição “normal” em um espaço de “gritos de socorro” em busca de refúgios para um coração amargurado. “Etc. Etc e etc, é o que carcareja o dia inteiro a galinha...”

Ficha técnica:

Direção: Anderson Vieira
Intérpretes: Aysllan Liberato, Bruna Santos, Daniel Oliveira, Gaby Ferreira, Jamerson Soares,
Leticia Figueiredo, Maiara Padilha, Tamires Iandra e Victor Sati.
Iluminação e Sonoplastia: Juan Pedro
Produção Técnica: Anderson Vieira


Duração:
1 hora

Sobre o grupo:
O Grupo Claricena foi fundado dentro da Universidade Federal de Alagoas com o intuito de realizar montagens artísticas partindo das obras da escritora Clarice Lispector, o que foi sendo expandido e modificado. Tem quatro espetáculos montados desde 2014, Espectro (2014), Granja dos Coração Amargurados (2015), Adeus, Clarice! e A Descoberta de Um (2016). Na Direção Geral do grupo temos o Anderson Vieira, graduando em Artes Cênicas – Licenciatura em Teatro. Possuímos habilidades em pesquisas teóricas da literatura brasileira e a produção individual de dramaturgia; nossa competência com o público se dá através de nossas apresentações de espetáculos teatrais.

Serviço:
Granja dos Corações Amargurados se apresenta terça-feira, 24 de outubro, no Teatro de Arena Sérgio Cardoso, às 19h.
Entrada gratuita

IMPORTANTE:
O espetáculo contará com acessibilidade: Áudio-descrição e LIBRAS.
Classificação etária: LIVRE
**As senhas serão entregues com uma hora de antecedência.

Oficinas nas escolas

Foto: Jadir Pereira



Nos dias 16, 18 e 19 de outubro, a Escola Municipal Luiz Pedro da Silva I, no bairro Petrópolis, recebeu com muito carinho a oficina Corpo, Sinais e Composição de Movimentos com Sara Lessa.
Confira o registro fotográfico completo de Jadir Pereira na nossa FanPage.

Participe da festa das Artes Cênicas de Alagoas!
#FESTAL2017

Oficinas nas escolas

Foto: Jadir Pereira


Nos dias 10, 16 e 17 de outubro, a Escola Municipal Pompeu Sarmento, no Barro Duro, recebeu com muito carinho a oficina Meu Pequeno Mundo: Teatro Lambe-lambe com Joesile Cordeiro.
Confira o registro fotográfico completo de Jadir Pereira na nossa FanPage.

Participe da festa das Artes Cênicas de Alagoas!
#FESTAL2017

Oficinas nas escolas



Foto: Jadir Pereira

Nos dias 05, 06 e 09 de outubro, a Escola Estadual Romeu de Avelar, no Tabuleiro Novo, recebeu com muito carinho a oficina Mamulengo Vai Brincar com Alex Apolônio.
Confira o registro fotográfico completo de Jadir Pereira e Alex Apolônio na nossa FanPage.

Participe da festa das Artes Cênicas de Alagoas!
#FESTAL2017

Oficinas nas escolas

Foto: Alexandra Souza


Nos dias 05, 06 e 09 de outubro, a Escola Estadual Geraldo Melo, no Graciliano Ramos, recebeu com muito carinho a oficina Jogos Teatrais: Iniciação Teatral – com Julien Costa.
Confira o registro fotográfico completo de Alexandra Souza na nossa FanPage.

Participe da festa das Artes Cênicas de Alagoas!
#FESTAL2017

Oficinas nas escolas


Foto: Alexandra Souza

Nos dias 02, 03 e 04 de outubro, a Escola Estadual Professora Ana Coelho Palmeira, em Jacarecica, recebeu com muito carinho a oficina Leitura e Expressão Corporal: a Literatura em Performance com Lys Calisto.
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#FESTAL2017

Oficinas nas escolas


Foto: Carleane Correia

Nos dias 02, 03 e 04 de outubro, a Escola Estadual Professor Raul de Lima, em Ipioca, recebeu com muito carinho a oficina Dança Afro-contemporânea com Jailton de Oliveira.
Confira o registro fotográfico completo de Alexandra Souza na nossa FanPage.
Participe da festa das Artes Cênicas de Alagoas!
#FESTAL2017

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Entrevista

                                                                     
Bárbara Lustoza é administradora por formação, Atriz por paixão, formou-se pela Escola Técnica de Artes da UFAL e atuou em espetáculos como "Pinóquio", "Sala de Ensaio" e "Nem Morta". Entusiasta e pesquisadora da inclusão, desde de 2013 com Libras, interpretando em Conferências, Peças, Palestras, Sala de Aula, Janelas de Libras para TV e Internet; Instrutora de Libras da Escola de Governo de AL; desde 2015 com áudio-descrição, de imagens estáticas nas mídias sociais e audiovisual online. Atualmente estuda Letras/Português no IFAL e reúne suas experiências no Youtube (Canal Bárbara Lustoza) onde produz conteúdo acessível com os recursos de áudio-descrição e Legendas.

FESTAL: O que é Acessibilidade?
BÁRBARA: A acessibilidade é, uma condição fundamental e imprescindível a todo e qualquer processo de inclusão social, e se apresenta em múltiplas dimensões, incluindo aquelas de natureza atitudinal, física, tecnológica, informacional, comunicacional, linguística e pedagógica, dentre outras. É, ainda, uma questão de direito e de atitudes: como direito, tem sido conquistada gradualmente ao longo da história social; como atitude, no entanto, depende da necessária e gradual mudança de atitudes para com as pessoas com deficiência.

F: Fale-nos sobre áudio-descrição e Libras.
B: Estes recursos estão dentro da acessibilidade comunicacional (auditiva ou visual). Para as pessoas com deficiência visual é utilizado o recurso da áudio-descrição que faz uma tradução das imagens em palavras, possibilitando que a pessoa tenha acesso à informação visual do espetáculo como movimentos, figurino e expressões. Já a Libras é a sigla para Língua Brasileira de Sinais, segunda língua oficial do Brasil, utilizada pela comunidade surda. Com a Libras há uma tradução interlingual de uma língua oral (texto falado) para uma língua visoespacial onde as palavras viram sinais e a pontuação, expressão corporal e facial.

F: Qual é o compromisso do Festal com a acessibilidade?
B: Desde o ano passado a equipe do Festal abraçou a ideia de incluir os recursos de acessibilidade na programação, pois entendemos a arte como direito de todos. O festival têm sido referência em Alagoas ao incluir os recursos de acessibilidade em sua programação, pois sabemos que embora haja uma legislação que assegure o direito à acessibilidade, no ambiente artístico ainda há a se fazer nas produções locais. Este ano, além da Libras conseguimos incluir também a áudio-descrição e hoje já faz parte da proposta do Festal ser acessível para todos.

F: Como saber que um espetáculo do festival é acessível?

B: A programação com os espetáculos que dispõe deste recurso está no meu blog: www.barbaralustoza.com.br e também no blog do festival: www.festivaldeteatrodealagoas.blogspot.com.br basta acessá-los e baixar o PDF com toda a programação. Quanto à Libras não há um limite de quantidade, mas em relação à áudio-descrição é necessário a confirmação da presença, pois temos disponíveis apenas dez receptores.

F: Por que a arte deve ser acessível?
B: Considero a arte como expressão natural humana capaz de atingir o nosso âmago, seja emocionando seja causando estranhamento. Assim, acredito no acesso às manifestações artísticas como um direito humano universal, tal qual rege a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1947) em seu Artigo XXVII, § 1 : “Toda a pessoa tem direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios." Ao definir a arte como direito de todos, entende-se que nesse "todos" também se encaixam as pessoas com deficiência. Enquanto artistas, proponho a vocês um exercício de empatia para investigar esse lugar do outro ser que percebe a vida de maneira diferente, seja com uma limitação visual, auditiva ou motora. Enquanto criadores precisamos ampliar as possibilidades para o alcance do nosso fazer artístico, não só disponibilizando o recurso de acessibilidade, mas interagindo com as pessoas com deficiência, divulgando, buscando feedbacks e trocando experiências. Acredito que este exercício só aperfeiçoará os envolvidos tanto artistas quanto público.

F: Acessibilidade é um tema exclusivo das pessoas com deficiência?
B: Não, ao buscar a acessibilidade, defendemos um Direito Humano, que possibilita a equidade de oportunidades e que é condição imprescindível para que a inclusão social aconteça. Segundo Romeu Sassaki, "O paradigma da inclusão social consiste em tornarmos a sociedade toda um lugar viável para a convivência entre pessoas de todos os tipos e condições na realização de seus direitos, necessidades e potencialidades."