Ígor
Augusto, licenciado em Teatro pela UFAL, ator e professor de Arte de Arapiraca
e Taquarana, no interior do Estado. Atualmente está como diretor geral da
Escola Estadual Santos Ferraz, ator e diretor na Cia Insanos e diretor do Grupo
de Teatro Santos Ferraz.
O espetáculo Alagados, apresentado voluntariamente na Escola Municipal Pompeu Sarmento, venceu o Festival Estudantil do estado.
FESTAL: Há quanto tempo existe a Cia?
IGOR: A Cia Insanos - Teatro Camboio de Doido surgiu há dez anos na Escola Estadual Santos Ferraz, mesma escola onde esse ano surge o Grupo de Teatro Santos Ferraz.
O espetáculo Alagados, apresentado voluntariamente na Escola Municipal Pompeu Sarmento, venceu o Festival Estudantil do estado.
FESTAL: Há quanto tempo existe a Cia?
IGOR: A Cia Insanos - Teatro Camboio de Doido surgiu há dez anos na Escola Estadual Santos Ferraz, mesma escola onde esse ano surge o Grupo de Teatro Santos Ferraz.
F:Como é que vocês definem a
Cia? O que é conceitualmente, artisticamente?
I: A Insanos surgiu com uma preocupação de relatar problemas psicológicos e
sociais através da arte, logo depois começou-se o estudo do teatro do Absurdo e
teatro Físico em seus experimentos. Como nossa cidade não possui prédio
teatral, enveredamos pelas ruas taquaranenses e fizemos da própria cidade nosso
palco, onde já percorremos escolas, ruas, praças, sítios; ampliando, assim,
nosso estudo pra o teatro de Rua. Nesse espetáculo junto com o Ferraz
utilizamos da linguagem da Rua, das comédias escrachadas e de elementos dos
palhaços circenses para compor o primeiro espetáculo do Grupo.
F: E como é que é o processo criativo de vocês?
I: São vários: partimos de textos, de impressões, de ilustrações, de
jornais. Nesse espetáculo em especial partimos de narrativas conhecidas por
membros do grupo. E a partir dessas narrativas construímos um fio como o
narrador e costuramos uma colcha de retalhos memoriais que acabou dando no
espetáculo ALAGADOS.
F: Fala para gente sobre seu espetáculo.
I: ALAGADOS conta a história de Alagoas desde quando era Capitania de
Pernambuco até os dias de hoje, sem nenhuma preocupação com o lapso temporal
existente. Partimos de histórias de hoje, vamos ao futuro, recorremos ao
passado e voltamos ao presente novamente. São causos e acasos: comédias, dramas
familiares, terror, tragédia, fábula, farsa, realismo. Sete histórias: O
Nascimento de Alagoas, O Sapateiro de Atalaia, A Miss Paripueira, A Santa Cruz
de Taquarana, O Lobisomem do Coité e A Cachorra Doida de Palmeira, A Enchente
de Quebrangulo e o Rio São Francisco. Nesse espetáculo, o Grupo homenageia três
companhias de teatro de Alagoas: ATA, JOANA GAJURU e INSANOS.
F: Para você qual a importância do FESTAL na cena alagoana?
I: O FESTAL precisa existir pra fortalecer antigos e novos grupos
alagoanos. Em especial grupos advindos do interior. Pois se fazer teatro na
capital, Maceió, já se configura um ato difícil, quiçá no interior onde nem
edifício teatral se cogita ter. O Grupo Santos Ferraz traz esse primeiro
espetáculo com a direção da Insanos com o objetivo de fomentar a nossa terra e
fortalecer o teatro em Alagoas, em especial no interior. É preciso que a
crítica de teatro alagoana saia da capital e comece a percorrer o resto do
Estado: há teatro sendo feito por aqui, e teatro de qualidade. É necessária a
troca de conversas e diálogos, mas seria mais necessário a vinda do FESTAL
nesses lugares também. Moramos num estado pequeno e acredito que os grupos
interioranos estão de portas abertas pra uma edição do FESTAL no interior.
F: Qual a expectativa acerca de sua participação no FESTAL 2017?
I: Os jovens atores e atrizes do Grupo estão
muito empolgados com essa viagem a Maceió novamente pra apresentarem Alagados.
Esperamos que com esse Festival na manga possamos crescer e trocar experiências
com outros fazedores de teatro dessa rede que é o FESTAL.
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