FESTAL: Há quanto tempo existe a Cia?
WALLISSON: A
Cia T&W é uma extensão da escola T&W Dança de Salão. A escola existe
desde 2013, enquanto a Cia surge no fim de 2015.
F:Como é que vocês definem a Cia? O que é conceitualmente, artisticamente?
W: Somos
uma Cia de Dança que constrói espetáculos a partir das Danças de Salão,
bebendo vez ou outra de várias outras linguagens.
F: E como é que é o processo criativo de vocês?
W: Em nosso caso, o papel de coreógrafo e
diretor é bem definido, papel que eu exerço, e o papel dos
dançarinos/bailarinos. Considerando o fato que, atualmente entre os
integrantes, apenas Ticiani Oliveira e eu temos amplo conhecimento das Danças
de Salão, acabo trazendo as ideias, movimentos, propostas, conceitos,
questionamentos, enfim, conceber quase que na totalidade. Na construção de
movimentos, Ticiani é forte parceira, em todos os sentidos, pois para que
aconteça a Dança de Salão é necessário que as duas pessoas se relacionem e
apesar da minha direção, quase toda a criação (especialmente nos momentos em que
dançamos juntos) é feita junto a ela. Apesar da necessidade da relação com o
par, muitos momentos podem ser solitários, assim pode acontecer de eu estimular
ou determinar algo a ser executado pelos outros intérpretes, que são
movimentos ou ideias que de algum modo saem das Danças de Salão ou se
relacionam com elas. Nos encontros, trabalhamos primeiramente a preparação
física para o trabalho. Em seguida, aulas voltadas ao repertório que pode ser
usado, posteriormente criação ou ensaio de algo já pronto.
F: Fala para gente sobre seu espetáculo.
W: O
espetáculo "Vals-AR" surgiu da necessidade em criar algo que pudesse
ser apresentado apenas por um duo, Ticiani e eu, além de usar o
"AR", elemento que está presente em tudo e das mais diferentes
maneiras. Da necessidade, seja um espetáculo para dois ou do "AR",
pensei em juntar a primeira Dança de Salão e que é necessária para que todas as
outras surgissem posteriormente que é a Valsa, e trazer também algumas outras
danças que possuem leveza. Daí em diante, fui mesclando esses
elementos com versos de poetas alagoanos, músicas de cantores e compositores alagoanos e
de alguns compositores eruditos. Brincando com essas possibilidades e nossas
experiências, em especial com o Teatro, o espetáculo foi surgindo e
estreando em novembro de 2016. Nesse momento, ele está reformulado para 6
pessoas, o que ampliou algumas possibilidades.
F: Para você qual a importância do FESTAL na cena alagoana?
W: Reunir vários grupos das Artes Cênicas
com um grande propósito, de crescer o fazer artístico em nosso Estado. É um
evento essencial para que os artistas se articulem, mostrem o quanto se faz de Arte em nosso
Estado. Um Festival que faz história, uma ação que potencializa a arte e feito
por pessoas que vivem a arte e que se voltado fortemente para um público que
quanto mais acesso a arte tiver, melhor fará esse país: os estudantes.
F: Qual a expectativa acerca de sua participação no FESTAL 2017
W: As melhores possíveis e que já
estão sendo atingidas. Poder mostrar nosso trabalho e o quanto de
possibilidades as Danças de Salão oferecem e quem sabe remover alguns estigmas.
Rever muitas pessoas e ofertar tudo o que eu puder, enfim, (re)viver
inúmeras experiências e trocar saberes.
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