segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Entrevista

Acompanhe a entrevista de Wallisson Melquisedec, diretor/coreógrafo e dançarino da T&W Dança de Salão, que compõe a programação do Festal com o espetáculo Vals-AR.

FESTAL: Há quanto tempo existe a Cia?
WALLISSON: A Cia T&W é uma extensão da escola T&W Dança de Salão. A escola existe desde 2013, enquanto a Cia surge no fim de 2015. 
 
 F:Como é que vocês definem a Cia? O que é conceitualmente, artisticamente?
W: Somos uma Cia de Dança que constrói espetáculos a partir das Danças de Salão, bebendo vez ou outra de várias outras linguagens.
 
 F: E como é que é o processo criativo de vocês?
W: Em nosso caso, o papel de coreógrafo e diretor é bem definido, papel que eu exerço, e o papel dos dançarinos/bailarinos. Considerando o fato que, atualmente entre os integrantes, apenas Ticiani Oliveira e eu temos amplo conhecimento das Danças de Salão, acabo trazendo as ideias, movimentos, propostas, conceitos, questionamentos, enfim, conceber quase que na totalidade. Na construção de movimentos, Ticiani é forte parceira, em todos os sentidos, pois para que aconteça a Dança de Salão é necessário que as duas pessoas se relacionem e apesar da minha direção, quase toda a criação (especialmente nos momentos em que dançamos juntos) é feita junto a ela. Apesar da necessidade da relação com o par, muitos momentos podem ser solitários, assim pode acontecer de eu estimular ou determinar algo a ser executado pelos outros intérpretes, que são movimentos ou ideias que de algum modo saem das Danças de Salão ou se relacionam com elas. Nos encontros, trabalhamos primeiramente a preparação física para o trabalho. Em seguida, aulas voltadas ao repertório que pode ser usado, posteriormente criação ou ensaio de algo já pronto.
 
F: Fala para gente sobre seu espetáculo.
W: O espetáculo "Vals-AR" surgiu da necessidade em criar algo que pudesse ser apresentado apenas por um duo, Ticiani e eu, além de usar o "AR", elemento que está presente em tudo e das mais diferentes maneiras. Da necessidade, seja um espetáculo para dois ou do "AR", pensei em juntar a primeira Dança de Salão e que é necessária para que todas as outras surgissem posteriormente que é a Valsa, e trazer também algumas outras danças que possuem leveza. Daí em diante, fui mesclando esses elementos com versos de poetas alagoanos,  músicas de cantores e compositores alagoanos e de alguns compositores eruditos. Brincando com essas possibilidades e nossas experiências, em especial com o Teatro, o espetáculo foi surgindo e estreando em novembro de 2016. Nesse momento, ele está reformulado para 6 pessoas, o que ampliou algumas possibilidades. 
 
F: Para você qual a importância do FESTAL na cena alagoana?
W: Reunir vários grupos das Artes Cênicas com um grande propósito, de crescer o fazer artístico em nosso Estado. É um evento essencial para que os artistas se articulem,  mostrem o quanto se faz de Arte em nosso Estado. Um Festival que faz história, uma ação que potencializa a arte e feito por pessoas que vivem a arte e que se voltado fortemente para um público que quanto mais acesso a arte tiver, melhor fará esse país: os estudantes.
 
F: Qual a expectativa acerca de sua participação no FESTAL 2017
W: As melhores possíveis e que já estão sendo atingidas. Poder mostrar nosso trabalho e o quanto de possibilidades as Danças de Salão oferecem e quem sabe remover alguns estigmas. Rever muitas pessoas e ofertar tudo o que eu puder, enfim, (re)viver inúmeras experiências e trocar saberes.

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