quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Entrevista


Abides de Oliveira é ator, produtor, diretor, dramaturgo e jornalista. Com formação em teatro pela Universidade Federal de Alagoas, ele é um dos fundadores da Cia LaCasa.
  
FESTAL: Há quanto tempo existe a Cia?
ABIDES: A Companhia LaCasa foi criada em novembro de 2016. O grupo completará um ano em novembro e para marcar o nosso primeiro ano de vida vamos estrear um novo espetáculo.





F:Como é que vocês definem a Cia? O que é conceitualmente, artisticamente?
A: Definimos a Cia como pessoas que amam as artes cênicas e querem fazer teatro. O nosso fazer teatral será sempre universal, sem um estilo definido, sem uma característica fechada. Nossa meta é sempre buscar novos experimentos e conceitos. No nosso primeiro espetáculo fomos para a rua, com uma comédia. Agora estamos no palco, em um trabalho de pesquisa e que traz questões atuais.
 
F: E como é que é o processo criativo de vocês?
A: Este processo muda de acordo com a montagem proposta. Se na nossa peça de estreia A Mulher Braba, que é uma comédia, buscamos elementos da comédia dell’arte e ritmos musicais do Nordeste, no caso o forró, agora a proposta é outra com o nosso novo espetáculo, onde a pesquisa e o estudo estão sendo maiores e o processo de montagem com uso de técnicas voltadas para o drama.
 
F: Fala para gente sobre seu espetáculo.
A: A Mulher Braba é uma adaptação para o teatro de rua do texto original, do século 14, O Moço Que Casou com a Mulher Braba. Este texto, segundo estudos, inspirou William Shakespeare a escrever A Megera Domada. A peça é uma comédia e narra a peleja de um pai em casar sua filha, uma moça arredia e indomável. Para o teatro de rua, a dramaturgia original sofreu mudanças, ganhando mais leveza e comicidade.
 
F: Para você qual a importância do FESTAL na cena alagoana?
A: É um fortalecimento para as artes cênicas de Alagoas. O teatro precisava de um evento como este, há anos. E o que é melhor, uma iniciativa que partiu dos artistas e grupos locais. A tendência é o festival crescer a cada ano em importância, contribuição artística e cultural e em tradição no cenário local e também, acredito, regional e nacional. Os grupos e artistas estão de parabéns pela coragem, união e determinação.
 
F: Qual a expectativa acerca de sua participação no FESTAL 2017
A: Será nossa primeira participação no Festal. Ano passado, não foi possível estarmos presentes. Apenas acompanhamos e assistimos aos espetáculos. Nesta edição, estamos na comissão de programação e com a peça A Mulher Braba.
Mas nossa expectativa é contribuir da melhor forma possível na realização do festival, seja na comissão de programação, seja na presença como membros da organização no apoio e acompanhamento dos espetáculos, oficinas e ações em geral, seja na apresentação de nosso espetáculo.
 
Vida longa ao Festal e a nossa arte cênica!

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