terça-feira, 24 de outubro de 2017

Entrevista

Arnaldo Ferju é ator, contador de história, palhaço, recreador, iluminador, figurinista e cenotécnico. Com formação pela Universidade Federal de Alagoas, Arnaldo Ferju é o Cravo, Contador de História.

FESTAL: Há quanto tempo existe o grupo?
ARNALDO: O grupo Cravo, Contador de Histórias tem dez anos de atuação nas artes cênicas de Alagoas, com trabalhos apresentados em escolas, livrarias, ongs, teatros e espaços diversos.

F: Como é que vocês definem o grupo? O que é conceitualmen-te, artisticamente?
A: O trabalho do Cravo, contador de história, é voltado para a infância e juventude. O grupo busca sempre desenvolver a contação a partir de história que vão desde os clássicos ao popular. Mas também é criada a contação a partir de temas que são sugeridos. No Trem de Histórias, por exemplo, temos uma proposta de afirmação e consolidação da oralidade popular.

F: E como é que é o processo criativo de vocês?
A: Sempre é realizado a partir de histórias que queremos levar à cena. Em Um Trem de Histórias, queríamos trazer as quatros estações do ano para o espetáculo. Primavera, verão, outono e inverno fazem a ligação com as quatro histórias que são encenadas. E, durante o processo, surgiu a ideia de usar o teatro de fantoche, que também é uma característica permanente no nosso trabalho.

F: Fala para gente sobre seu espetáculo.
A: Cravo, contador de histórias, se inspira nas imagens das quatro estações do ano associando-as a estações de paradas de um trem imaginário; onde transitam quatro histórias do repertório da oralidade popular. A utilização de bonecos será uma recorrência às narrativas. A trilha sonora é composta de tradicionais músicas de domínio público, com improvisações que conduzem todas as narrativas.

F: Para você qual a importância do FESTAL na cena alagoana?
A: O Festal traz a possibilidade dos artistas e grupos locais mostrarem seu trabalho. É um evento de consolidação das artes cênicas de Alagoas. E o mais importante: é uma iniciativa dos grupos e dos artistas, sem depender dos gestores públicos. O Festal mostra como é fundamental a união da classe artística.

F: Qual a expectativa acerca de sua participação no FESTAL 2017?
A: A melhor possível. Apresentar e mostrar nosso trabalho para crianças que estudam em escolas públicas, tão carentes de eventos culturais e do teatro. Creio que muitos desses estudantes nunca foram ao teatro ou assistiram a um espetáculo. Minha gratidão a essa oportunidade que o Festal está dando a todos os grupos e artistas alagoanos. Somos gratos. Parabéns a todos que fazem o Festival de Teatro de Alagoas.

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